sexta-feira, 26 de junho de 2009

Astrônomo aborda novos conceitos sobre vida extraterrestre.

A existência de seres vivos alienígenas ocupa o imaginário humano há muito tempo, com manifestações no cinema e na literatura. Entretanto, apesar dos experimentos para detectar microorganismos em Marte e até especulações sobre civilizações extraterrestres, ainda não surgiu nenhum dado concreto que comprove a existência de vida fora da Terra. Há pouco mais de uma década, porém, os astrônomos encontraram uma forma de iniciar uma pesquisa séria: a procura de sinais de atividade biológica em planetas rochosos.

Este será o tema da palestra "Procura de Vida Fora da Terra", com o astrônomo Augusto Damineli Neto, que acontece na próxima quarta-feira, 1º de julho, às 19h30, na Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo. A palestra será promovida pela Duetto Editorial e marcará o aniversário de sete anos de lançamento da revista Scientific American Brasil.

Augusto Damineli é professor e chefe do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), além de representante do Brasil para o Ano Internacional da Astronomia (IYA 2009). Para ele, num Universo tão vasto, é difícil imaginar que não exista a probabilidade de outro planeta habitado. De acordo com o astrônomo, o projeto que buscará atividade biológica em planetas rochosos é gigantesco, pois vai demandar um progresso técnico muito maior que o conseguido nestes 400 anos de história dos telescópios.

"O fato de até o momento não ter sido provada a existência de vida em outros planetas não quer dizer que estamos sós no Universo, apenas que as buscas foram muito restritas e que os métodos usados podem ter sido inadequados. Independentemente de se encontrar ou não sinais de vida, o resultado terá um grande impacto no pensamento humano, pois será o primeiro progresso a essa pergunta surgida há milênios", afirma o Prof. Damineli.

Segundo ele, se o resultado for positivo, ocorrerá o nascimento de uma nova ciência, a Astrobiologia, que hoje tem um corpo teórico inicial, mas não dispõe ainda de nenhum fato observacional.

Fonte: Portal Terra

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