O raio, com mais de 64 km de comprimento, foi fotografado durante estudo de Steven Cummer, da Duke University, na Carolina do Norte
Cientistas americanos capturaram a imagem de um raio com mais de 64 km de comprimento subindo de uma tempestade em direção ao espaço. A foto foi um golpe de sorte, já que a imagem durou apenas um segundo.
Esses eventos meteorológicos, subindo em direção às camadas inferiores do espaço, são vistos muito raramente e costumam ser chamados, em inglês, de gigantic jets, ou jatos gigantes, em tradução literal. Embora não ocorram toda vez que há um raio, tendem a ser muito mais longos do que os raios descendentes.
"Apesar de condições de visibilidade ruins resultantes de lua cheia e neblina na atmosfera, fomos capazes de capturar o jato gigante", disse o líder do estudo, Steven Cummer, da Duke University, na Carolina do Norte. O estudo de Cummers foi publicado esta semana na revista científica Nature Geoscience.
"Esta confirmação das descargas elétricas visíveis se estendendo a partir do topo da tempestade em direção à borda da ionosfera (região da atmosfera situada acima de 50 km de altitude) oferece importantes revelações sobre processos que ocorrem no circuito elétrico global da Terra", disse Brad Smull, diretor da National Science Foundation, entidade que financiou o estudo.
"Nossas medições mostram que jatos gigantes são capazes de transferir descargas elétricas significativas para as camadas inferiores da ionosfera", disse Cummer. "O que nos surpreendeu foi o tamanho do evento", acrescentou.
Segundo Cummer, as medições feitas por sua equipe sugerem que as descargas de eletricidade produzidas por raios descendentes e ascendentes sejam semelhantes. Entretanto, os jatos gigantes viajam mais longe e mais rápido do que os raios convencionais, porque o ar mais rarefeito entre as nuvens e a ionosfera oferece menor resistência. Os cientistas não sabem que condições meteorológicas ou tipos de tempestades favorecem a ocorrência de jatos gigantes.
Simultaneamente, um outro aparelho mede constantemente emissões de rádio na mesma região para capturar eventos elétricos. Um sistema de navegação por satélite garante que todas as leituras dos aparelhos sejam sincronizadas. O equipamento, no entanto, tinha sido ajustado para fotografar um outro fenômeno.
Agora, o pesquisador planeja instalar uma câmera de luz baixa e alta velocidade para capturar imagens de jatos gigantes em cor, o que pode oferecer informações adicionais sobre os processos químicos e as temperaturas associadas ao fenômeno envolve.
Fonte: Portal Terra
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