domingo, 23 de agosto de 2009

Estudo desvenda origem de fluxo misterioso no espaço.

A V838 Monocerotis, uma das estrelas mais brilhantes da Via Láctea; cientistas acreditam que fluxo misterioso venha de estrelas que morreram (figura ao lado).

Um misterioso fluxo de partículas detectado no universo fez nascer a esperança entre os astrônomos de que esta seja a primeira observação de componentes que podem ter originado a matéria escura - uma das questões ainda obscuras da astrofísica. No entanto, uma equipe de cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acreditam que exista uma outra explicação para a existência do fluxo.

Estudos independentes descobriram recentemente que a matéria misteriosa era constituída de elétrons e pósitrons. Após a apresentação de diversas teorias sobre sua composição, os especialistas sugeriram que essas partículas resultaram da decomposição de matéria escura - o material hipotético que se acredita influenciar na rotação das galáxias. Porém, outros resultados publicados pelos pesquisadores suecos indicaram que o fluxo misterioso pode haver surgido, na realidade, da explosão de estrelas, conhecidas como supernovas.

Supernova remanescente Segundo Julia Becker, do Departamento de Física da Universidade de Gotemburgo, o conteúdo misterioso é remanescente de uma supernova 15 vezes mais massiva que o Sol, provocada pela morte de uma estrela que explodiu na Via Láctea. Um artigo escrito por Becker e seus colegas também foi publicado na revista científica Physical Review Letters.

Segundo os cientistas, quando uma estrela desse porte explode, a maior parte do material em sua composição é ejetada pelo universo por meio do vento estelar - este gerado no início do processo de morte, quando a estrela perde parte da massa original.

Onda de choque no espaço Elétrons e pósitrons são acelerados durante o processo, criando uma onda de choque semelhante à que se forma quando um avião ultrapassa a barreira do som.

Para Julia Becker e seus colegas, esta grande onda de choque foi a responsável por criar o fluxo de partículas que os cientistas observaram atônitos. "Isso significa que tenho receio que os cientistas tenham que encontrar outro método de identificação da matéria escura", completou.

Fonte: Portal Terra

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