sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Astrônomos sugerem uso de dados aos poucos para aproveitá-los melhor


Cosmólogos estão dançando de felicidade. A missão Planck da Agência Espacial Europeia está ocupada pesquisando a radiação cósmica de fundo, também conhecida como o "eco do Big Bang", e em 2013 vai liberar tanta informação que promete mandar importantes novas descobertas sobre a origem do Universo.
Certamente uma vitória para a ciência? Apenas se os cosmólogos puderem resistir à tentação de pegarem tudo isso de uma vez.
Um trio de astrônomos alertou que, a não ser que usemos a informação aos poucos, arriscamos o desperdício de uma oportunidade única. Se todo o conjunto de dados for liberado de uma vez, como está planejado, as posteriores novas ideias dos cosmólogos poderão ter que ficar sem serem testadas porque não haverá mais dados para testá-las.
Este é um problema único para a cosmologia. Em outras ciências, informações adicionais sempre estão disponíveis: você pode sempre recomeçar um experimento, ou sair a campo para coletar mais dados. Devido à nossa localização aproximadamente fixa no Universo, entretanto, a cosmologia não possui essas possibilidades.
Há uma quantidade finita de informação que nós podemos juntar sobre o Universo, e uma vez que juntemos tudo o que dê para saber sobre um aspecto dele --neste caso, as flutuações de temperatura na radiação micro-ondas cósmica de fundo --o poço seca.
Assim, Roberto Trotta, do Imperial College London, afirma que seria interessante ser frugal com o que permitir aos cosmólogos ver. Ao invés de dar todos os dados de uma vez, os "suprimentos" deveriam ser racionados. Ao fornecê-los aos poucos, se permitiria o desenvolvimento de novas hipóteses que podem ser testadas conforme mais dados do projeto Planck forem liberados.

Fonte: UOL

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