sábado, 24 de setembro de 2011

Satélite se desintegrou a oeste do Canadá, diz Nasa.


O satélite americano desativado entrou na atmosfera por volta das 4h GMT (1h de Brasília) deste sábado sobre o mar, a oeste do Canadá, onde se desintegrou, anunciou a Nasa sem poder especificar aonde seus destroços caíram exatamente.

O Satélite de Pesquisa da Atmosfera Superior Terrestre (UARS, na sigla em inglês) caiu na Terra entre as 3h23 GMT e 5h09 (00h23 e 2h09 em Brasília) de sábado, informou a agência espacial americana.

O satélite entrou na atmosfera "sobre o oceano Pacífico", acrescentou um pouco mais tarde a agência, destacando que "se os restos caíram em terra (e não no mar), o local mais provável é o Canadá". Antes da queda desta sucata espacial, anunciada há três semanas, a Nasa julgou extremamente pequeno o risco de que um de seus destroços ferisse alguém ou provocasse danos materiais.

Havia uma possibilidade entre 3,2 mil de que os dejetos espaciais atingissem alguém em algum lugar do mundo, o que em um planeta onde vivem 7 bilhões de pessoas e cuja 90% da superfície são desabitados, equivale a uma probabilidade de 0,03%, segundo a agência americana.

O UARS tinha o tamanho de um ônibus pequeno e a Nasa havia calculado em cerca de 20 os pedaços com pesos entre 1 kg e 158 kg que poderiam resistir à reentrada na atmosfera, espalhando-se por uma distância de cerca de 750 km. Na manhã deste sábado (horário americano), a agência não havia confirmado o número de pedaços em que o UARS se desintegrou e que poderiam ter caído, nem se podia identificar o local da queda.

Segundo o organismo, objetos com tamanho similar ao do UARS caem na Terra cerca de uma vez por ano. Além disso, "destroços de tamanhos diversos entram na atmosfera todos os dias", explicou o especialista da Nasa Marck Mathey, que assegurou que "em mais de 50 anos de história espacial, nenhuma pessoa foi ferida por um destroço proveniente do espaço".

O UARS é o maior satélite da Nasa a cair na Terra desde 1979, ano em que o Skylab, de 90 t, caiu no oeste da Austrália. Com um custo de US$ 750 milhões, o UARS foi posto em órbita em 1991 pela nave espacial Discovery para estudar a alta atmosfeera, onde fica a camada de ozônio, e está fora de serviço desde 2005, após ter ficado sem combustível.

No caso de que a queda de um pedaço de um satélite cause danos pessoais ou materiais, os Estados Unidos pagariam uma compensação às vítimas em virtude de uma convenção internacional estabelecida em 1972.

A autoridade americana de aviação civil (FAA, na sigla em inglês) publicou na quinta-feira um comunicado no qual advertia os pilotos para um "perigo potencial" por causa desta sucata espacial e na Itália, os moradores do norte do país foram convocados a ficar em casa em virtude dos riscos relacionados com a queda do aparelho.

Fonte: Portal Terra

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