sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SpaceX propõe foguete reutilizável para colonizar Marte.

A companhia norte-americana SpaceX trabalha no primeiro foguete reutilizável para lançá-lo ao espaço com o objetivo de, algum dia, ajudar na colonização do planeta Marte, disse na quinta-feira Elon Musk, fundador da empresa.

 O veículo seria uma versão reutilizável do foguete Falcon 9 que a SpaceX empregou para levar a cápsula espacial Dragon à órbita da Terra no ano passado. Sua primeira viagem com carga à Estação Espacial Internacional (ISS) está prevista para janeiro.

 A reutilização do foguete poupará dezenas de milhões de dólares e facilitará as viagens ao espaço por diversão e até a colonização de outros planetas, concretamente Marte, declarou Musk ao National Press Club.

 "Um sistema rápido e reutilizável é imprescindível para que a vida se torne multiplanetária, para se estabelecer vida em Marte. Se os aviões não fossem reutilizáveis, muito pouca gente poderia voar".

 Atualmente, um foguete Falcon custa entre US$ 50 milhões e 60 milhões e seu lançamento, incluindo combustível e oxigênio, exige até US$ 200 mil. E tudo é perdido durante a reentrada na atmosfera da Terra.

 Com a reutilização dos foguetes, haverá uma substancial redução de custos, garantiu Musk, um empresário da Internet que fundou o PayPal e utilizou o dinheiro ganho na Web para criar a companhia de carros elétricos Tesla Motors e a SpaceX.


O foguete projetado pela SpaceX decolaria da forma normal e teria dois estágios: a parte inferior, parecida com uma coluna, regressaria à Terra para pousar na vertical, exatamente como foi lançada.

 A ideia pode ser vista em uma animação no site (em inglês).

 A curto prazo, tal tecnologia poderá ser utilizada para lançar satélites e levar carga e tripulação à ISS, que atualmente é abastecida apenas pelos foguetes russos.

 A construção do foguete reutilizável "é um esforço paralelo (...), que não tem impacto em nosso trabalho de envio de carga à estação espacial" com o foguete Falcon 9, destacou Musk.

 É algo que "entusiasma bastante e acredito que os Estados Unidos e o restante do mundo devem ficar atentos sobre o que estamos fazendo", concluiu.

Fonte: Globo.com

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