quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Cientistas encontram dois buracos negros no mesmo aglomerado de estrelas.

Cientistas norte-americanos encontraram um aglomerado de estrelas, dentro da Via Láctea, no qual foram detectados dois buracos negros ao invés de um, segundo artigo publicado nesta quarta-feira (3) na revista científica britânica Nature.

"Os processos físicos que esperamos que aconteçam estão, de fato, tendo um lugar no cúmulo. Os buracos negros são mais maciços que as estrelas, o que faz com que migrem para o centro do cúmulo e interajam entre eles - o que, por sua vez, faz com que muitos buracos negros sejam expulsos do agrupamento", explicou o astrônomo Jay Strader, da Michigan State University, dos Estados Unidos.

No entanto, a descoberta de dois buracos negros em um mesmo cúmulo demonstra que seu processo de expulsão não é tão eficiente como diz a maioria das teorias. "Quando restam poucos buracos negros, não acho que interajam e se expulsem entre eles tão rapidamente. Por isso que alguns permanecem mais tempo do que se pensava até agora", acrescentou o pesquisador.

De fato, Strader estima que este aglomerado, que fica na constelação de Sagitário e orbita em torno da Via Láctea como um satélite, poderia abrigar uma população de cerca de cinco a 100 buracos negros. A descoberta foi feita a partir de imagens da M22, um dos cúmulos de estrelas mais próximos da Terra, obtidas pelo VLA, um observatório radio-astronômico situado no Novo México, nos Estados Unidos.

A equipe de Strader calculou, além disso, que a massa de cada um destes buracos negros variaria entre 10 e 20 vezes a do Sol. Outros pesquisadores tinham detectado a coexistência de mais de um buraco negro em outros aglomerados, mas, até agora, tinha sido impossível determinar suas massas.

Strader ressaltou que estes são os primeiros buracos negros de um cúmulo que são detectados por emissões de rádio ao invés de raios-X, o que significa que estariam aumentando de tamanho. 
Fonte: UOL

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