quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Cientistas americanos criam drone que imita movimentos de água-viva.

Inspirados na natureza e nos pioneiros da aviação do início do século 20, cientistas norte-americanos anunciaram nesta quarta-feira (15) a criação da primeira "medusa voadora" do mundo, um minidrone de apenas 2,1 gramas que reproduz o movimento natatório das águas-vivas.

A aeronave é o primeiro equipamento voador capaz de ficar estacionário no ar e de se deslocar no ar batendo as asas, e pode se tornar o avião não tripulado do futuro.

"De início, procurávamos fabricar um robô insetóide que fosse uma alternativa ao helicóptero", explicou Leif Ristroph, que trabalha no Laboratório de Matemáticas Aplicadas da Universidade de Nova York. "Finalmente, chegamos a uma coisa um pouco bizarra: a medusa".

A medusa sempre fascinou os engenheiros por seu modo de deslocamento simples e eficaz: a alternância de dois movimentos de um guarda-chuva, de cima para baixo, com impulsos sucessivos.

Os engenheiros reproduziram esse procedimento para fazer o pequeno robô voar com a ajuda de quatro pequenas asas – cada uma com 8 cm de comprimento – em forma de pétalas de flor. Um minúsculo motor, ligado a um virabrequim, abre e fecha as asas, na ordem de 20 batimentos por segundo.

Resultado: um "ornicóptero" que se mantém no ar com uma grande estabilidade, sem precisar gastar energia permanentemente para corrigir sua base. Para mudar de direção, basta que uma das quatro asas bata mais rápido que as outras.

Hastes de fibras de carbono para a estrutura, filme transparente para cobrir as asas. Todos os materiais utilizados na fabricação da medusa estão disponíveis nas lojas de aeromodelismo.

Por enquanto, a "medusa voadora" é apenas um protótipo de laboratório. A próxima etapa será criar uma bateria e um comando remoto. O modelo ainda está sendo alimentado por um cabo elétrico.

"Claro, eles podem ter um uso militar para a vigilância, por exemplo, mas eu espero que também encontremos aplicações civis para esses drones", disse Ristroph.

A invenção aparece no Journal of the Royal Society Interface publicado pela Academia das Ciências britânica.

Fonte: Globo.com/ REUTERS

Nenhum comentário:

Postar um comentário