quarta-feira, 5 de março de 2014

Aparelho estuda formação de galáxias no Universo em imagens 3D.

Um instrumento inovador em 3D chamado MUSE (espectroscópio integral de campo) foi instalado no Telescópio Principal número 4 (VLT) do Observatório de Paranal, no Chile, no deserto do Atacama, com objetivos nada modestos: investigar épocas primordiais do Universo, de modo a estudar os mecanismos da formação de galáxias e os movimentos do material e as propriedades químicas de galáxias próximas – tudo isso, com uma precisão de imagem inédita na história da ciência. As informações são do Observatory Southern European.

O MUSE terá muitas outras aplicações, desde o estudo de planetas e satélites do Sistema Solar, passando pelas propriedades de regiões de formação estelar na Via Láctea até ao Universo longínquo

A primeira rodada de testes aconteceu no observatório que fica ao norte do Chile e foi bem sucedida.

O diretor de pesquisas do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da Universidade de Lyon, na França, e chefe do projeto que fez possível a construção do MUSE, Roland Barthes, disse estar bastante animado, já que o MUSE é algo tão inovador que continuará sendo ‘novidade’ por muitos anos. “Deu muito trabalho, muitas pessoas trabalharam nisto, mas conseguimos! São sete toneladas de óptica, mecânica e eletrônica para construir uma máquina fantástica do tempo para observarmos o Universo primordial”.

O MUSE usa 24 espectrógrafos para separar a luz em componentes de cor e cria as imagens de regiões selecionadas do céu. O aparelho traz imagens em 3D do Universo, com alta resolução - tornando as descobertas muito mais nítidas.

O aparelho é o resultado de dez anos de projeto e desenvolvimento entre instituições da França, Alemanha, Suíça, Holanda e do Observatory Southern European.

Fonte: Portal Terra / ESO

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