quinta-feira, 10 de março de 2016

Telescópio Hubble fotografa galáxia mais distante já encontrada.

Astrônomos anunciaram na quinta-feira (03/03/16) ter descoberto a mais distante galáxia já observada.

Posicionada a 13,4 bilhões de anos-luz de distância, a estrutura cósmica se formou quando o universo tinha apenas 400 milhões de anos de idade, passados desde o Big Bang.

A localização da galáxia, descoberta pelo Telescópio Espacial Hubble, significa que a luminosidade produzida por ela, viajando a à velocidade da luz (cerca de 1 bilhão de km/h), levaria 13,4 bilhões de anos para chegar até a Terra.

A galáxia, catalogada com a sigla GN-z11, foi avistada na direção da constelação da Ursa Maior. O Hubble a avistou dois anos atrás durante uma operação de varredura do céu, mas só agora cientistas confirmaram a descoberta, após uma análise detalhada dos dados.

Na época, astrônomos sabiam que estavam observando algo muito distante, possivelmente tão distante quanto 13,2 bilhões de anos-luz. Uma nova observação da galáxia, com um instrumento do Hubble que separa a luz em diversos comprimentos de onda revelou que a GN-z11 estava ainda mais distante que se achava, batendo um recorde por 200 milhões de anos.

Cientistas se disseram surpresos de terem conseguido determinar a distância da galáxia usando o Hubble, um telescópio operado pela Nasa. Um estudo sobre a descoberta sia na edição da semana que vem da revista "The Astrophysical Journal".

"Demos um grande passo atrás no tempo, além daquilo que jamais esperávamos poder fazer com o Hubble", afirmou o astrônomo Pascal Oesch, da Universidade Yale, em um comunicado. A chave para a descoberta foi precisamente medir o alongamento do comprimento de onda da luz da galáxia para a região do vermelho. Essa medida diz quão rápido GN-z11 está se afastando da Terra, como medida da expansão do Universo, o que permite inferir a distância dela até nós.

Apesar de ser uma galáxia pequena para padrões atuais, GN-z11 é enorme, considerando que foi formada em uma época na qual o Universo tinha apenas 3% do tamanho que possui hoje, afirmou Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, coautor do estudo.

"Estamos vendo uma galáxia em sua infância", afirma Illingworth. "É incrível que uma galáxia tão grande tenha existido apenas 200 milhões ou 300 milhões de anos após as primeiras estrelas terem se formado."

GN-z11 possui cerca de 1 bilhão de vezes a massa do Sol. A galáxia é 25 vezes menor que a Via Láctea, apesar de estar produzindo estrelas 20 vezes mais rápido que a Via Láctea hoje.

Astrônomos afirma que esse recorde deve permanecer de pé até 2018, quando o Telescópio Espacial James Webb, sucessor do Hubble, será lançado.

Fonte: Portal Terra

2 comentários:

Don Eliseu Nagual disse...

Como podem saber que esta arqueo-galáxia está produzindo estrelas ainda..rs... talvez só seja hoje apenas imagem dos sedimentos cósmicos...rr...
Bueno, só falta agora flagrar as ´primeiras arqueo-estrelas' do berçário cósmico...

Don Eliseu Nagual disse...

Como podem saber que esta arqueo-galáxia está produzindo estrelas ainda..rs... talvez só seja hoje apenas imagem dos sedimentos cósmicos...rr...
Bueno, só falta agora flagrar as ´primeiras arqueo-estrelas' do berçário cósmico...

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