Geralmente quando se fala em abdução na casuística ufológica as pessoas costumam buscar nas suas lembranças os casos mais notórios e famosos como , por exemplo, do mineiro Antônio Villas-Boas em 1957, do casal Betty e Barney Hill em 1961, ou do badalado caso do americano Travis Walton em 1975. Entretanto o que muitos não sabem é que o Rio Grande do Sul conta com sua parcela de caso de raptos e nem sempre são de humanos.
Numa linha de tempo cobrindo aproximadamente 20 anos temos alguns casos curiosos, bizarros e até sinistros. Baseado num levantamento de mais de 1200 registros podemos apontar pelo menos sete casos onde pessoas e animais sofreram sequestros.
CASO ARTUR BERLET
Foto cedida por Alison, neto de Artur Berlet.
O caso do ex-tratorista e fotógrafo Artur Berlet (1931–1994), que em 14 de maio de 1958, supostamente teve uma experiência extraordinária nos arredores de Sarandi, no Rio Grande do Sul, quando ele retornava a pé para casa, após alguns dias fora exercendo a atividade de fotógrafo. Por volta das 19h, notou um objeto luminoso em um campo de fazenda. A curiosidade o levou a se aproximar, e pôde perceber a forma de duas bandejas sobrepostas. Constatou se tratar de uma estrutura física, circular, com cerca de 30 metros de diâmetro e a tonalidade de uma brasa opaca. Quando notou a presença de dois vultos próximos ao objeto, foi subitamente atingido por um jato de luz e perdeu a consciência. Em seu livro Os Discos Voadores — Da Utopia à Realidade (1967), afirma haver sido levado a bordo de uma nave para um planeta chamado Acart e interagido com os habitantes locais.
CASO DIRCEU GÓES
Dirceu Góes (Foto Boletim Especial - SBEDV - 1975)
Em junho de 1967, Dirceu Góes, um biscateiro de Sarandi (RS), foi abduzido após encontrar uma bola luminosa perto de sua casa. O objeto desceu e dele emergiram dois seres pequenos, com cerca de 85 centímetros, que usaram uma fita para içá-lo para dentro da nave através de um buraco na parte inferior. Dentro do pequeno ambiente, ele encontrou três tripulantes de aparência humanóide, com rostos arredondados, olhos azuis, cabelos ruivos e lisos, vestidos em roupas cinzas. Eles se comunicavam em uma língua desconhecida enquanto Dirceu sentia-se fraco e incomodado pela luz oscilante. Durante a viagem, que durou cerca de três horas, ele observou pela janelinha paisagens desconhecidas, incluindo cidades com edifícios altos. Os tripulantes também lhe mostraram um painel com imagens coloridas de pessoas e veículos. No retorno, a nave o devolveu no mesmo local e partiu rapidamente. A experiência resultou em consequências físicas: ao urinar, Dirceu notou a expulsão de um gás sibilante antes da urina por vários dias. Ele chegou em casa de madrugada e ficou acamado por cinco dias com forte disenteria e febre, sentindo dores de cabeça e fraqueza por cerca de um mês após o evento.
CASO DO TELETRANSPORTE
Edição do Jornal do Comercio de Porto Alegre de 05/03/1969.
São notórios dentro da casuística nacional relatos onde supostos casos de abdução não "saem exatamente como planejado". Em alguns casos as vitimas podem ser abduzidas em um local e quando devolvidas serem transportadas para outros locais equivocadamente. Segundo o veterano ufólogo português, radicado no RS e já falecido, José Victor Soares, ocorreu um caso deste tipo em terras gaúchas, onde um casal foi abduzido próximo a fronteira do Uruguai e foi devolvido erroneamente no MÉXICO!! Soares apurou que um casal se dirigia para o Uruguai para comemorar sua lua de mel e acabou sendo abduzido com carro e tudo na região de Santa Vitoria do Palmar, distante aproximadamente 500 quilômetros de distancia de Porto Alegre. Acabaram acordando no México, sem passaportes e tiveram problemas com as autoridades locais. Inclusive o veiculo do casal acabou interessando a NASA e acabou sendo comprado por 10 mil dólares. O caso teria ocorrido em dezembro de 1968. Existem outras versões para mesma historia dentro da própria ufologia.
CASO JOSÉ INÁCIO ALVARO
José Inácio indicando local do contato (Foto Fenomenum.com.br)
Esse é um dos casos mais famosos de abdução no estado junto com o caso Berlet. O caso de José Inácio Álvaro, estudante em Pelotas (RS), refere-se a uma alegada abdução ocorrida em 03 de março de 1978. Na noite anterior, José e outros avistaram um UFO que desapareceu. Em seguida, ele sentiu uma sonolência misteriosa e foi inexplicavelmente conduzido de volta à casa de seu pai, chegando após as 02:00 da madrugada sem notar a passagem do tempo. Pouco depois, às 03:00 h, ao abrir a porta da residência, ele avistou a nave novamente; desta vez, ela emitiu um "fino raio de luz azulada" em sua direção. Hipnotizado pela luz, o jovem experimentou uma projeção mental rápida de imagens de guerra e conflitos familiares, desmaiando em seguida. José acordou no meio de um campo, a um quilômetro de casa, e só conseguiu retornar após as 04:00 h, encontrando a porta e as luzes como havia deixado. Posteriormente, em sessões de hipnose conduzidas por ufólogos, ele detalhou a experiência: relatou ter sido levado para o interior da nave e mantido relações sexuais com um ser feminino alto, de cabelos longos e claros, e de pelos e cabelos prateados, que o fazia sentir-se fraco e sonolento ao tocar sua cabeça.
CASO ASSIS
Assis (d) com o ufólogo Luis do Rosário (Foto Boletim 132/135 - SBEDV)
Semelhante ao caso de José Inácio, e também ocorrido em Pelotas no dia dez de maio de 1978, o operário Assis Antônio Caetano de Ávila, voltando para casa, observou no céu um objeto muito brilhante que desceu rapidamente sobre um campo, revelando-se uma nave metálica circular brilhante envolta em uma bola de fogo. A nave pousou estendendo quatro pernas e projetando feixes de luz, enquanto a área ao redor escurecia e a testemunha se sentia irresistivelmente atraída para o objeto. Ele foi então agarrado por dois humanoides baixos, vestidos com macacões brancos justos e capacetes com antenas, que o levaram para dentro da aeronave. No interior, o ar estava perceptivelmente mais quente e denso, causando dificuldade respiratória. Dentro de uma sala iluminada, ele viu outros dois seres sentados em um console, que se revelaram ser mulheres, um pouco mais altas que os primeiros, também vestidas com trajes brancos brilhantes, capas e capacetes com antenas, uma morena e uma loira. A mulher de cabelos pretos informou à testemunha que ele seria levado ao planeta deles. No entanto, a testemunha recusou veementemente a proposta, implorando por sua liberdade. Neste ponto, a mulher loira interveio e ordenou aos demais que o libertassem imediatamente. A testemunha foi autorizada a sair, desceu por uma escada até o chão e permaneceu observando a nave subir em alta velocidade até desaparecer completamente no céu.
CASO IRINEU
Capa do Livro Sequestros Alienígenas II - 2010 - Editora Clube de Autores
Este caso foi publicado originalmente no livro "Sequestros Alienígenas II" do pesquisador, falecido este ano, Mario Nogueira Rangel. O relato descreve uma experiência complexa e multifacetada de Irineu. Inicialmente, ele e seus acompanhantes testemunham a aterrissagem de um OVNI com luzes laranja, vermelho e azul sobre um campo. Sob hipnose, Irineu revela ter sentido medo e a crença de que "esses caras estão atrás de mim". Após adormecer e despertar no quarto do hotel em Sarandi, ele viu um ser de mais de dois metros de altura que o abordou, resultando em um choque elétrico na cabeça. Irineu então se encontra em uma sala grande, redonda, de metal preto, não sendo o quarto, onde seres menores o examinam usando uma luz azul (como um "escaneamento" com uma "régua"), causando-lhe exaustão e frio. Durante a experiência, ele teve visões de catástrofes futuras e sentiu que estavam confirmando sua identidade. A hipnose também revelou eventos de contato prévio: um pedido mentalizado aos 11 anos para ser encontrado, um "cara" de branco que o salvou de asfixia aos 6 anos, e uma força que o puxou no assento para salvá-lo de um acidente de carro aos 23 anos. Irineu retornou ao quarto do hotel e, quase um ano depois, em uma nova sessão, recordou o nome do hotel e desenhou o ET que o examinou.
CASO DO BEZERRO
Trajano e Eurípides (Stendek Vol03 nº09 - 08/1972) e vaca Jersey mãe do bezerro(SBEDV 81-84)
Como mencionado no inicio deste artigo nem todo sequestro ocorre com humanos. Um caso que acabou tendo sua notoriedade em décadas passadas, porem esquecido atualmente, no final do mês de outubro de 1970, numa localidade conhecida como "Palma Velha", na área rural do Alegrete, dois homens foram surpreendidos por um acontecimento bizarro. Pedro Trajano e seu filho Eurípides trabalhavam com a lida de gado, aplicando vacinas e medicamentos nos animais em um curral, quando um evento surreal chamou sua atenção. Após separarem um bezerro da raça Jersey, para poderem aplicar medicamento na mãe do mesmo, observam que o bezerro levitava do chão e começava a ser deslocado por uma força invisível que afastou o animal das duas testemunhas e repentinamente elevou o filhote para o céu e logo em seguida fazendo-o sumir diante dos olhos incrédulos dos dois peões. Trajano, responsável pelos animais, ficou preocupado lembrando das consequências que viriam quando o patrão soubesse que uns de seus animais haveria sumido. Ele acabou contando o fato para um amigo e a história chegou aos ouvidos do pesquisador José Victor Soares que acabou investigando o caso alguns meses depois do ocorrido. O caso acabou ganhando destaque no meio ufológico e foi publicado em diversos boletins ufológicos estrangeiros.
OBS GEUC-RS: Algumas fotos originalmente feitas em preto e branco foram coloridas por IA.
Um comentário:
Great article, thank you
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