domingo, 21 de julho de 2019

Antioxidante presente no vinho ajudaria a fortalecer exploradores de Marte.

Uma substância presente no vinho tinto poderá contribuir com as futuras missões tripuladas para Marte. Segundo um estudo parcialmente financiado pela agência espacial norte-americana (Nasa) e publicado nesta semana na revista "Fronteiras da Fisiologia", o antioxidante resveratrol se tornou a aposta de cientistas norte-americanos para preservar a musculatura dos viajantes nos longos deslocamentos em gravidade zero.

O problema enfrentado pelas missões espaciais é o fato de que a viagem para Marte, atualmente, dura em média nove meses, mas os músculos e ossos do corpo humano não aguentam tanto tempo no espaço sem que seus músculos sofram contrações e percam a fibra muscular.

"Após três semanas no espaço, os músculos se contraem a até um terço do seu tamanho original", disse em nota a autora do estudo Marie Mortreux. "Isso vem acompanhado de uma perda de fibra muscular, necessária para a resistência."

A combinação desses dois fatores impede, hoje em dia, que uma pessoa seja enviada nessa viagem, porque, mesmo que uma missão tripulada chegasse até o planeta vermelho, ela não conseguiria sequer ficar de pé.


Suplemento alimentar

É nesse contexto que entra o resveratrol, um composto encontrado na casca da uva e que já é conhecido pela literatura médica por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e por ser usado no tratamento de pacientes diagnosticados com diabetes.

O estudo rendeu resultados iniciais satisfatórios, segundo a pesquisadora.

"Observamos que o resveratrol conseguiu preservar a massa óssea e muscular de ratos em um experimento que simulou a microgravidade dos voos espaciais. Acreditamos que uma dose diária ajudaria a reduzir a falta de condicionamento muscular dos astronautas", disse Mortreux.

A suplementação protegeu completamente a massa muscular das cobaias e reduziu sensivelmente a perda de fibras musculares, sem alterar o apetite e peso dos animais.

Ainda faltam estudos para definir a quantidade ideal de consumo da substância, e os cientistas ressaltam que ainda buscam comprovar que não há problemas na mistura dela com outras drogas administradas aos astronautas em missões espaciais.

Fonte: Globo.com

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