sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Programa espacial brasileiro lança foguetes de treinamento.

Programa espacial brasileiro lança foguetes de treinamento
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, lançará nas próximas segunda e terça-feira dois foguetes de treinamento básico

O objetivo da operação, denominada de FogTrein I, é treinar as equipes do CLA e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), além da qualificação e certificação dos foguetes e testes de equipamentos. Mas, antes desses lançamentos, o CLA fará nesta sexta-feira uma simulação completa como parte da operação.

Os foguetes lançados devem atingir mais de 30 km de altura e cair no mar a mais de 16 km da costa. Fabricados pela empresa brasileira Avibrás, os foguetes ─ com tecnologia quase 100% nacional ─ têm pouco mais de 3 metros de comprimento, pesam cerca de 68 kg, e levarão 5 kg de carga útil. De acordo com Carlos Ganem, presidente da Agência Especial Brasileira (AEB), esses lançamentos resultam do desenvolvimento do setor aeroespacial brasileiro e da oportunidade de o país capacitar recursos humanos e alcançar independência tecnológica, com aplicações e benefícios no cotidiano da sociedade.

Ganem explica que o negócio espacial é rentável e promissor para países que desenvolvem programas espaciais. “Esse mercado mundial movimentou, em 2008, cerca de US$ 170 bilhões. O Brasil tem a ambição de conquistar uma pequena fatia desse nicho”. Segundo Ganem, “ficar fora desse negócio é desperdiçar uma oportunidade única”.

O investimento em atividades espaciais no Brasil trouxe diversos benefícios como: pesquisas de novos medicamentos, materiais e equipamentos eletrônicos, cartografia por meio de satélite, localização de queimadas e desmatamento, e informações meteorológicas. Desde sua criação, em 1961, os foguetes são o sustentáculo do programa espacial brasileiro. O primeiro deles, um Nike-Apache, decolou em 1965, do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal, RN. Desde então, centenas de foguetes foram lançados, tanto do CLBI, como do CLA.


O Centro de Alcântara surgiu na década de 80, com o objetivo de dotar o país de um local para lançamento de cargas espaciais. Sua instalação permitiu que o Brasil lançasse de seu próprio território, foguetes de sondagem e veículos lançadores de satélites. Desde a criação da AEB, em 1994, a comunidade científica foi estimulada a participar do desenvolvimento de pesquisas.

Foram criados os programas Microgravidade e Uniespaço, destinados a fomentar projetos de pesquisas de interesse, tanto acadêmico, como tecnológico. Em todo o mundo, menos de dez países lançam foguetes e pouco mais de 20 desenvolvem satélites. Esses países privilegiados, entre eles o Brasil, podem aproveitar essa tecnologia para atender de forma autônoma suas prioridades nacionais.

Fonte: UOL

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